23 de agosto de 2011

O noivo da minha melhor amiga, Emily Giffin.

O Noivo da Minha Melhor Amiga conta a história de Rachel, uma jovem advogada de Manhattan. A moça, sempre vista por si mesma e por seus amigos como a "certinha" e bem-comportada, muda radicalmente no seu aniversário de trinta anos, após a festa oferecida por sua melhor amiga, Darcy. Meio deprimida por chegar aos trinta sem o marido e os filhos que imaginava ter a essa altura da vida, Rachel se excede na comemoração e termina a noite na cama com Dex, seu grande amigo de faculdade e noivo da sua melhor amiga. Até a noite em que ficou com Dex, Rachel era o modelo de filha e amiga perfeita, embora se visse como um fracasso. Nunca transgrediu as leis, nem mesmo as de horário de trabalho, ao contrário da egoísta, narcisista mas irresistível Darcy, em torno da qual Rachel e, posteriormente, Dex sempre orbitaram. Enquanto a boa moça e tímida Rachel teve alguns poucos namorados e conseguiu um emprego estável porém sem graça num escritório de advocacia, a linda e popular Darcy namorou todos os bonitões do colégio, construiu uma glamourosa carreira de Relações Públicas e sempre conseguiu tudo o que quis, inclusive manipular e obrigar Rachel a fazer o que desejava. E agora, após uma noite com o noivo da melhor amiga, Rachel acorda determinada a esquecer para sempre o fatídico encontro, mas acaba descobrindo que sempre amou Dex.
Eis aqui um livro legal, divertido e singelo, com uma escrita simples (embora seja uma situação nada, nada, nada simples) que te prende até o final. Não consegui largar, exceto para dormir.

A personagem principal e narradora, a certinha Rachel, acaba de completar 30 anos de pura passividade (?), e, sem perceber, acaba se metendo em uma confusão danada. Acontece que, em um excesso de bebidas, ela acaba na cama com Dex, o noivo de sua egoísta, espaçosa e sortuda melhor amiga, Darcy. Ou talvez não tão sortuda assim, porque Dex, depois disso, acaba por se apaixonar por Rachel - e, pior, ela por ele, em uma intensidade enorme que nunca sentiu antes. Uma situação muito complicada, mas narrada em linguagem coloquial e bem calminha. É um livro suave, nada de desespero ou tudo aquilo.

O mais legal é que, divertido e singelo, você não consegue largar quando começa. E pior (ou talvez melhor): no fim, apesar de Darcy não fazer nada de legal para Rach e Dex o livro inteiro, você começa a gostar dela. De um jeito esquisito, ela - que, na vida real, seria a vítima - é uma completa antagonista, engraçada e cheia de problemas.

Meu único problema com o livro foi a Rachel. No começo, eu gostei dela - é modesta, fofa, querida, um amorzinho. Mas isso é em demasia, sério. Ela não consegue tomar decisões sozinha, não consegue admitir que quer alguma coisa - ou melhor, não consegue lutar pelo que quer. E isso me deixou incrivelmente brava, porque ela simplesmente deixava as coisas acontecerem e lamentava não saber se impor a Darcy, mas não fazia nada para mudar isso. Eu definitivamente sou fã das mulheres fortes de livros como os da Jane Austen (Elizabeth Bennet, oi), e a Rach está bem longe disso. Ela deixa Darcy - e, um pouquinho sim, Dex - dominá-la como se fosse a coisa mais normal do mundo. No final, ela toma um pouco de atitude, mas o resto do livro ela está totalmente a mercê da vontade dos outros.

Bom, mas a parte boa fica ainda melhor porque tem Londres oh Jesus me abana no meio. É que o melhor amigo de Rach, o engraçadíssimo, queridíssimo, fofíssimo Ethan, mora lá. Ethan é um personagem cativante e incrível que vai mostrando que, na verdade, Darcy sempre tentou dar uma rasteira em Rach. Mas quem acabou levando a pior foi a própria.

A relação de Dex com Rachel é às escondidas, mas os dois não podem negar que estão completamente apaixonados um pelo outro. Tão apaixonados que às vezes é engraçado - mas, ei, acho que essa é a intenção! Com um final surpreendente (e, ao mesmo tempo, esperado), a gente começa a se perguntar se existe mesmo essa coisa de herói e de vilão, ou só humanos - só pessoas apaixonadas.

O livro é fofo, e acho que todos adorarão! Só dou quatro porque achei a personagem Rachel meio... Bom, eu já falei que ela era "pura passividade", né?

 Nota: ★★★★☆
 Páginas: 352
 Editora: Nova Fronteira

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