Primeiro de tudo, eu resolvi (des)abandonar o
blog. Eu postei esses dias uma lista-complemento pra minha coluna no
Letras de Chá e, hoje, me deu muita vontade de falar sobre algo que marcou minha infância -- porque, sim, hoje é o dia da minha formatura do Ensino Fundamental! Não que eu vá fazer "propaganda" daqui, sabe. Vai no seja-o-que-Deus-quiser mesmo (e olha que eu sou atéia, mas vamos deixar essa parte quieta). Pra resumir, ninguém vai comentar e eu
sei disso, eu só estou postando porque me deu vontade HIOASHIOASHIOJ.
Então, sim, hoje vou falar sobre um filme que marcou minha infância e que até hoje eu tenho na minha prateleira de filmes! Baseado na história real da filha mais nova dos Romanov, Anastasia, o filme é uma mistura linda de comédia, ação, musical e... Sim, eu sei, é uma animação. Mas é a melhor animação que eu já vi e Anastasia sempre foi minha princesa favorita.
Anastasia foi lançado no mesmo ano em que eu nasci, e foi, portanto, um dos primeiros filmes que eu vi. No começo desse ano, ao ler
Os Últimos Dias dos Romanov (Helen Rappaport,
skoob), me lembrei do filme e fui revê-lo. É a coisa mais fofa, encantadora e apaixonante desse mundo - além do que, as letras das músicas são realmente bonitas, gente, não vamos negar. No mundo real, Anastasia é a filha mais nova dos Romanov, que foi presa junto com a família quando os comunistas tomaram o poder da Rússia. Eles foram mortos em Ekaterimburgo, na madrugada de 17 de Julho de 1918. Como os corpos foram separados, para que não houvesse suspeitas de que era, de fato, a família real russa, começou uma crença de que uma das Romanov - no caso, Anastasia - havia conseguido escapar. Houveram até mulheres que diziam ser Anastasia, e assim teve início o maior mistério do século XX
vai dizer, é foda.
No filme, entretanto, Anastasia realmente conseguiu escapar. Quando os comunistas invadiram o palácio, ela e sua avó foram tiradas de lá por Dimitri, um garoto que trabalhava na cozinha.
Mas, na multidão, Anastasia acaba perdida e é levada a um orfanato, sem qualquer lembrança de quem é - apenas um medalhão dado por sua vó, onde está escrito "Juntas em Paris". Quando faz dezoito anos, Ania (como passa a ser chamada) sai do orfanato para trabalhar em uma fábrica de peixes. Entretanto, ela sente que esse não é seu destino. Se ela quer encontrar sua família, a resposta parece estar em São Petersburgo, e é para lá que - após pedir um sinal e encontrar um cachorro extremamente fofo que a puxa para o caminho da cidade - ela vai.
É nesse lugar frio que ela conhece Dimitri (por sinal, o rapaz que a salvou) e Vladimir, dois tratantes que estão fazendo audiências para encontrar uma garota que pudesse se passar por Anastasia. É que a avó da princesa estava oferecendo uma recompensa a quem pudesse devolvê-la, e eles tinham três passagens para Paris e pretendiam ganhar o dinheiro, é claro. No minuto em que eles se encontram com "Ania", percebem que ela é a perfeita Anastasia - e mentem para ela dizendo que talvez ela seja a duquesa. Coisa que, na verdade, não é mentira, mas enfim.
Uma coisa legal é que Dimitri não é o herói. Quer dizer, ele também não é o vilão (esse papel pertence a Rasputin, feiticeiro que quer extinguir a linhagem dos Romanov para sempre), mas não é um típico herói. Ele é um tratante, um mentiroso, e ao mesmo tempo um querido. Acho que desde aí eu comecei a gostar dos caras meio maus das histórias - Anastasia fez lavagem cerebral comigo.
Dimitri: Princesas não se casam com garotos da cozinha.
As músicas, como eu já disse, são a coisa mais adorável. Existem duas delas realmente muito bonitas, que eu às vezes ainda escuto: Once upon a December (aquela que eu sei a letra toda) e Journey to the Past. Eu me identifico bastante com elas, vou admitir.
Ok, Anastasia é "um desenho", mas é mais do que isso. Como eu já falei umas mil vezes, é cativante, fofo, marcante, encantador, um amor. E não falo isso só porque foi o desenho da minha infância e muito importante pra mim. É que é realmente muito lindinho.
Nota: 
Duração: 94 min.
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