25 de dezembro de 2011

Ganhei de natal: Antes que eu vá, Lauren Oliver

Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta — da melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha desvenda o mistério que envolve sua morte — descobrindo, enfim, o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder. ... Em uma noite chuvosa de fevereiro, Sam é morta em um acidente de carro horrível. Mas em vez de se ver em um túnel de luz, ela acorda na sua própria cama, na manhã do mesmo dia. Forçada a viver com os mesmos eventos ela se esforça para alterar o resultado, mas acorda novamente no dia do acidente. O que se segue é a história de uma menina que ao longo dos dias, descobre através de insights desoladores, as conseqüências de cada ação dela. Uma menina que morreu jovem, mas no processo aprende a viver. E que se apaixona um pouco tarde demais.
 Ganhei de Natal é uma "coluna casual" sobre os livros e filmes que eu e a Carol ganhamos de natal. Nesse caso, Antes que eu vá, Miss Brontë, Starcrossed e José e Pilar (eu); e Anna e o Beijo Francês e Um verão que mudou a minha vida (Carol).

Quando fui ao aeroporto buscar minha tia, vi esse livro. Era o último exemplar, e parecia estar me chamando: "Vem, Nina, vem, me leva pra casa, me dá carinho, me compra, vai". E eu comprei. Tinha ouvido falar muito bem dele em alguns blogs, e realmente... Não me arrependi! Que amor, esse livro. É a primeira coisa que vou dizer: Antes que eu vá é muito amor.

A estória, como dá pra ver pelo resumo lá em cima, é sobre Samantha Kingston, uma menina popular, bonita, (um pouquinho) inteligente e que tem tudo o que qualquer garota pode sonhar. Suas melhores amigas são Lindsay - a mais popular, bonita e aparentemente má de todas -, Elody - a meio vadia que já transou com muitos caras, mas de bom coração e a mais bondosa - e Ally - um meio-termo de todas elas. A estória começa no Dia do Cupido, em que as pessoas recebem e mandam rosas. Quanto mais rosas você recebe, mais popular você é. O que acontece é que, naquela noite, Samantha planeja perder sua virginidade com seu namorado, Rob, que ela ama. Ou pensa que ama.

Entretanto, ao ser convidada para a festa de Kent, um babaca que usa chapéu coco e que era seu melhor amigo, tipo assim, no terceiro ano, Samantha vai para casa, virgem, acompanhada de suas três amigas bêbadas. De repente, algo acontece e o carro vira, fazendo com que Samantha morra instantaneamente. No dia seguinte, entretanto, ela acorda ensopada de suor na sua cama. O celular indica que ainda é sexta-feira. E ela vê-se obrigada a, estupefata, reviver aquele dia sete vezes.

No começo, ela está chocada, depois passa para a fase de fazer coisas que nunca faria se não estivesse "morta" (isso quando percebe o que diabos está acontecendo), e finalmente percebe que as coisas ruins que faz tem conseqüências e tenta consertar isso. Como Juliet, de quem elas zombam por ser sozinha e chamam de psicótica; Anna, uma menina do segundo ano que elas chamam de vadia sempre que podem; o professor de cálculo, a quem ela sempre "passa cantadas"; ou mesmo Kent que é fofo demais.

A parte incrível do livro é que Sam muda. Mas é uma mudança crível, uma coisa que acontece naturalmente. Em sete dias - técnicamente, um dia, revivido sete vezes - ela se torna uma menina melhor, que fará de tudo para impedir que uma pessoa muito afetada por elas sofra e tenha um triste fim. E os personagens, eles são todos humanos. Lindsay, por exemplo, que parece uma personagem super confiante, na verdade é a mais insegura delas. Eu gostei de ver essas coisas que a Sam passa ao perceber com o passar "dos dias".

“(…) ela não sabe que é a ultima vez (…) mas suponho que seja assim para a maioria das coisas na vida – o ultimo beijo, a ultima risada, a ultima xícara de café, o ultimo por do Sol, a ultima vez que você salta um borrifador de água ou toma uma casquinha de sorvete, ou põe a língua para fora para pegar flocos de neve. Você simplesmente não sabe.”
O livro é lindo, profundo, e mexe fundo com você. Como com Sábado a Noite (cuja resenha acho que vou postar ainda), eu ri, quase chorei, e simplesmente me apaixonei pela estória. Gostei muito mesmo da Sam, que a maioria das pessoas não gostou por ser - pelo menos no começo - egoísta e meio chatinha. Gostei dela exatamente por isso, por causa dos seus defeitos. Boom, é isso, no próximo "Essa Semana" do Letras de chá eu falo do blog. Quem sabe alguém leia. É o único lugar onde vou divulgar, acho. Um beijo, feliz natal e ótimo ano novo! <3

Nota: ★★★★★
Páginas: 368
Editora: Intrínseca

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