5 de junho de 2011

Coração Ferido, Chelsea Cain.

O detetive Archie Sheridan passou dez anos perseguindo Gretchen Lowell, uma estonteante serial killer, mas foi ela quem o capturou. Dois anos atrás, Gretchen aprisionou-o e torturou-o por dez dias, mas, em vez de matá-lo, ela surpreendentemente o deixou partir, entregando-se à polícia. Agora ela está na cadeia pelo resto da vida enquanto Archie se vê em outro tipo de prisão – viciado em analgésicos, incapaz de voltar à sua antiga vida e sem forças para apagar aqueles dez dias horrendos de sua lembrança. Sua mulher, de quem se afastou, diz que o velho Archie não existe mais, e ele concorda. As visitas a Gretchen são semanais, com a justificativa de que só ele pode fazê-la confessar onde estão os corpos das vítimas. Mas Archie sabe qual o real motivo – ele simplesmente não consegue ficar longe dela. Quando outro criminoso começa a seqüestrar meninas em Portland, Archie tem que se recompor para liderar uma nova força-tarefa que investigará os assassinatos. Uma repórter jovem e determinada, Susan Ward, acompanha o trabalho do grupo, o que desencadeia um jogo mortal entre Archie, Susan, o novo serial killer e até Gretchen. Eles têm um maníaco para capturar, e talvez isso liberte Archie de Gretchen de uma vez por todas.

Bom... É bem difícil escrever uma resenha sobre um livro do qual você gostou muito, pode apostar. O que posso falar de um livro tão maravilhoso? Só que fico muito irritada porque a minha edição, que comprei na Saraiva do Beira-Mar, veio com oito páginas em branco. Sinceramente! E ainda foi na parte mais misteriosa da história.

A leitura me tirou o fôlego. É o melhor livro que eu li esse ano, pelo menos até agora! Ele é o primeiro de uma trilogia protagonizada pelo detetive Archie Sheridan e pela serial killer Gretchen Lowell. Archie passou dez anos tentando capturar a astuta Gretchen, mas ela o capturou primeiro e o torturou durante dez dias. Depois, arrependida, soltou-o e entregou-se à polícia. Nem preciso dizer que as cenas da tortura são quase agonizantes de tão detalhadas, mas, mesmo assim, importantes, certo? Então não dá para pular.

A história usa muitos flashbacks para mostrar os dez dias em que Archie esteve no cativeiro de Gretchen, o que foi muito  interessante, pois parecia haver duas tramas paralelas - ou mais, se contar com a história de Molly Palmer, que nos foi apresentada por Susan. Susan é uma repórter que foi contratada para acompanhar o caso no qual Archie está trabalhando no começo do livro; é uma jovem engraçada, arrebatadora, com cabelos rosas. Nada a ver com a psicopata loira de aparência angelical que está presa em uma penitenciária de segurança máxima.

Archie ficou em licença médica durante dois anos, nos quais visitava Gretchen todos os domingos, pois ela contaria só a ele, e mais ninguém, onde estavam os corpos das outras vítimas. Viciado em remédios, afastado da família e incapaz de esquecer a tortura a qual foi submetido, o detetive volta para liderar uma força-tarefa com a intenção de prender um serial killer que está seqüestrando garotas adolescentes em Portland. Uma dica que não vai afetar em nada a sua leitura: Susan, Gretchen, Archie e o novo assassino estão incrivelmente interligados.

O livro tem uma trama fantástica, que nos surpreende e guarda o mistério para o final. Apesar das oito páginas que a (droga da) editora deixou passar em branco, da repetição dos nomes dos personagens (fico imaginando se é algo da tradução) e de alguns erros de gramática, não podia dar uma nota menor. É simplesmente maravilhoso, embora, em algumas cenas, seja preciso ter estômago forte, pois é tudo bem detalhado.

“Não há nada naquele rosto. Nenhuma raiva. Nenhum prazer. Nenhuma compaixão. Nada.
- Está com medo? - Pergunta Gretchen.
Ela tateia com um pano sua testa, bochecha, nuca e clavícula. Archie imagina ver uma faísca de comoção nos olhos dela. Piedade?
Então ela some.
- Não importa o que você esteja esperando – sussurra ela. – Vai ser pior.”
Acreditem, apesar do horror do que Gretchen fez com tantas pessoas, existe algumas cenas em que é impossível não achá-la bem humana. Até Archie acha isso, de vez em quando - mas então lembra-se do que aquela mulher fez e de que ela é um monstro. (Mas o seu monstro, como deixa claro em um trecho).

Um dos melhores livros que eu já li esse ano, e extremamente recomendado.

Nota: ★★★★★
Páginas: 328
Editora: Suma de Letras

2 comentários:

Luzia Medeiros disse...

Hum! lí o resumo do livro, deve ser maravilhoso.

Luiza disse...

Ainda não li esse livro, mas depois que li a postagem acho que deve ser ótimo!! Vou querer ler RSRSRrsrsr

Bjs

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