2 de setembro de 2011

Coração Maligno, Chelsea Cain.

Gretchen Lowell, a Beleza Mortal, charmosa psicopata revelada em Coração Ferido, escapou da cadeia e das mãos de seu perseguidor Archie Sheridan. Agora, voltou a matar. Ou será de fato ela a responsável por mais uma série de assassinatos cruéis? Depois de capturar e torturar o policial Archie Sheridan em Coração Ferido e viver um interlúdio quase romântico com ele em Coração Apaixonado, a psicopata de beleza tão impressionante quanto sua inteligência tem agora o esperado encontro final com seu oponente. Mas, antes disso, Archie e a polícia de Portland terão de desvendar um aspecto inédito e horripilante do caso. A Beleza Mortal, por mais perigosa e perversa que seja, tornou-se uma celebridade. E, num mundo em que a fama é tão cobiçada, estar constantemente na mídia faz dela uma pessoa admirada. E fãs, como se sabe, tendem a copiar seus ídolos. Mas estaria este séquito doentio agindo inteiramente por conta própria? Ou a manipuladora Gretchen pode ainda ter algumas cartas na manga?

Demorei demais para pegar o terceiro livro da série, por falta de dinheiro e de tempo - maldito colégio. De qualquer modo, o devorei em um dia. Uma tarde, para ser mais sincera. Admito que matei a natação por causa dele, e já vejo mais alguns quilos na balança (isto é, se eu me pesar, coisa que não faço há milênios), mas valeu totalmente a pena. Eu precisava, afinal, lê-lo, algum dia.

Foi realmente espetacular, mas talvez o que menos gostei da trilogia. O meu favorito foi o primeiro, certamente. Não me levem a mal, "Coração Maligno" talvez seja o mais maduro. O meu problema foi que as vítimas eram crianças. Archie conta a história de uma menina que foi torturada por Gretchen (ou seria por outra pessoa?) e, com a tortura detalhada, pulei essa parte. Meu estômago não é forte em se tratando de menininhas sofrendo.

Maas, ainda assim, é um livro de tirar o fôlego. Ele tem um tom mais sombrio e sádico do que os outros da série. Para começar, há uma cena assustadora entre mãe e filha em um banheiro público que, se pararmos para imaginar muito, dá uma baita vontade de vomitar. Mas deixemos isso de lado, até porque, nesse livro - pelo menos para mim -, tudo me pareceu um pouco mais nojento.

Archie Sheridan, o detetive que passou dez anos atrás de Gretchen e agora está obcecado por ela (novamente livre por aí, embora tenha prometido que não mataria ninguém se ele não se suicidasse), está em um hospício. Mas nem lá a Beleza Mortal o deixa livre: assassinatos estranhos começam a acontecer novamente, incluindo o que houve com a mãe e a filha no banheiro, e Archie conhece Gretchen melhor do que ninguém. Sua ajuda é requisitada e ele tem que sair da licença médica, mais uma vez.

Mas, convenhamos, não tem lugar mais assustador para começar um livro de terror, depois de todos os fatos que já houveram nos dois anteriores, do que um hospício. Em "Coração Maligno", muito embora o tema tenha se tratado muito de crianças ou adolescentes, sua fascinação pelo mal e pela sexualidade que está escondida ali - muito, muito assustador e louco, mas tudo bem -, mostra uma parte doida que nunca imaginamos: Gretchen tem fãs. Tem fãs adolescentes, que podem estar matando por ela, que criam fansites e fanfics sobre ela e... Archie.

É a maior loucura. E, embora o livro tenha me deixado com a pulga atrás da orelha, nunca imaginei que o final seria tão doce quanto foi. E me fez sorrir. Muito embora Susan, que antes me vinha como uma destemida repórter que não deixava que mandassem nela, tenha me parecido mais frágil e "seja-o-que-Archie-quiser", a adorei naquele final.

Foi simples. Foi doce... Não foi bem um fim. Foi um começo. E deixou um gosto de quero mais.


 Nota: ★★★★☆
 Páginas: 296
 Editora: Suma de Letras

1 comentários:

Gabi Fonseca disse...

Nao conhecia a série e pelas suas resenhas deu muita vontade de ler *-*
vai pra lista xD

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